26.6.08

À Carência de TI...


A necessidade de fazer amor é quase agonizante... Sentir um desejo que corrói não só o corpo carente, mas a alma desprezada. As sensações anteriormente vividas dão alimento a novas vontades, novas descobertas. O sonho é o palco de memórias revisitadas, momentos inolvidáveis. Tudo é consumido pela paixão, pela libido. Nada mais é válido a não ser o prazer, concedido pelo toque, pelo cheiro, pelo paladar...
Cada objecto de desejo torna-se vício, pretensão inexpugnável. A dor física e molesta não tem o atrevimento de se equiparar à tormenta da falta do semblante e do calor de outro ser! Todos os nanossegundos se enchem de eternidade quando à escassez de contacto o corpo se torna inerte, insensível, inexorável... Não há satisfação em acto algum... É implacável a privação a que é sujeito o indivíduo que se abstém de sentir, de viver, de tactear as emoções...
Inflamado o anseio de penetração e enlace de sensações só resta a rendição... A pele expande e aguarda a sublimação do toque, o êxtase da fusão...
Venerar a volúpia das horas cedidas ao pecado é entregar em bandeja de prata a alma e o juízo à tentação... O que resta perder??? A vergonha? Palavra inexistente no vocabulário do amante, do enamorado... do louco.
Imémore é tudo o que não deleita cada sentido, cada papila, cada poro... O lascivo é captado pelo registo sensorial com precisão milimétrica, nem que tente consegue escapar aos sórdidos tentáculos da reminiscência...
A visão quimérica de um estado ardente nunca extinto entranha-se pelos interstícios de cada nervo sugando o espaço para a racionalidade... Sobra o instintivo, o animal, a intrépida fúria que rasga os órgãos... Fica a aflição do não vivido, do não experimentado, do não provado...

11.6.08

Passeio a 4... :)

Fotos tiradas com telemóvel... A qualidade das fotos não se equipara à da companhia... Obrigada Ana, Óscar e Raquel por este dia... Bjs